click at this page Como localizar telefone e endereço Rastreador gps para celular download click the following article read more Como localizar Sistema Apps espiao para windows phone Baixar programa Reviews on mobistealth Espia de celulares para blackberry Aplicativos espiao gratis Mobile spy no jailbreak read more Spy app without target phone Rastreador de Espionar celular gratuito more info Aplicativo para rastrear celular pelo numero Como puedo Como espionar conversas do whatsapp de outra pessoa Rastrear celular samsung galaxy young Rastrear iphone Download spybubble trial version Como rastrear un celular entel Programa Free iphone Iphone 6s imessage spy Descargar Como funciona Aplicativo de rastreamento para o celular Camara click see more Software espião Como rastrear meu celular samsung galaxy young Como espiar telefonos celulares gratis Www spybubble android 4 radio apk Rastrear Escuta telefonica para celular spy camera phone charger zeus keylogger download erfahrungen handyortung kostenlos

Onda Latina

sexta
29.Mar 2024
Início seta ETC seta Opinião seta São Paulo, o pior de todos
São Paulo, o pior de todos PDF Imprimir E-mail
Escrito por Gustavo Leme Cezário Garcia e Adrián Fanjul   
12-Fev-2010
Recentemente, no dia 8 de fevereiro, um conhecido telejornal difundiu uma reportagem sobre a introdução da língua espanhola no ensino médio, informando a situação em vários estados. Na sua brevíssima duração, a descrição de São Paulo consistiu em afirmar que é o que apresenta "a pior situação", já que não há no estado nenhum professor concursado para a disciplina. O dado, infelizmente verdadeiro, merece, no entanto, um esclarecimento: é o estado onde mais profissionais formados existem, e nunca o governo convocou concurso específico.

Só existe a língua como extracurricular nos Centros de Línguas do Estado. E a seleção que os professores passam para exercer neles não os transforma em efetivos, e nem sequer prioriza sua formação específica. O relato de uma professora na lista de discussão eledobrasil  sobre a recente atribuição de aulas para os CELs é contundente:

"Tinha 7 turmas de espanhol, a primeira professora a ser chamada simplesmente escolheu 4 turmas, com aulas de manha e tarde de segunda a quinta, a segunda professora pegou o restante. Até aí fica compreensível, poucas aulas e muitos candidatos... o que revoltou é que essas professoras são de português! Nunca lecionaram espanhol! A terceira, a quarta e a quinta colocadas possuem vários anos de docência em espanhol em escolas privadas e ficaram sem aulas porque as duas primeiras tinham mais anos de docência em português no estado. Protestamos contra os critérios de seleção e ouvimos o absurdo:- 'quem ensina português pode ensinar espanhol' [...] Quem perde com isso são os alunos e nós que investimos numa carreira e somos tratados como lixo!"

Por que acontece isso tudo? Cremos que é resultado de que os governos de São Paulo nas últimas décadas, no seu planejamento para a educação pública, concebem o inglês como única língua a ser estudada pelos alunos.

Na contramão do que acontece no resto do país, onde a língua espanhola está sendo implantada, ou, em alguns casos, já era parte do ensino médio antes da nova Lei, o Secretário da Educação de São Paulo, ex-ministro do governo FHC,  aprovou em novembro de 2008 a Resolução SE 76, que estabelece o inglês como única língua curricular obrigatória no estado todo, contrariando a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, que determina que cada comunidade escolar deve escolher a língua obrigatória. Veja-se um outro dado: as universidades do estado de São Paulo são praticamente as únicas no país que têm o inglês como única opção no vestibular.

Detido no tempo, em sabe-se lá que parte do século XX, o governo de São Paulo parece imaginar um mundo subordinado a uma única hegemonia, que fala inglês. Parece desconhecer a diversificação identitária que caracteriza o atual mercado de bens culturais, e sobretudo, ignorar as transformações geopolíticas que colocaram o Brasil em potencial liderança na América do Sul, região que já não é um "pátio traseiro" dos EUA. Na visão ultrapassada do setor governante, a única língua que poderia abrir caminhos para um jovem brasileiro é o inglês.

Ora, será que ignoram que os acordos atingidos no MERCOSUL já permitem a qualquer brasileiro que termine o segundo grau cursar estudos superiores nos países vizinhos sem precisar fazer equivalências de disciplinas? É considerado o enriquecimento que pode significar para um brasileiro o estudo nas melhores universidades desses países, que além de serem prestigiosíssimas são gratuitas? E a legislação vigente desde 2004, que permite o estabelecimento em qualquer desses países sem visto prévio, permitindo inclusive trabalho remunerado apenas mostrando estar livre de antecedentes criminais? Acaso o conhecimento da língua espanhola não favorece o aproveitamento dessas oportunidades? Há algum país de língua inglesa que ofereça essas possibilidades aos brasileiros, especificamente àqueles que freqüentam a educação pública?

Agora, quando tardiamente e como resultado de pressões o governo finalmente decide a inclusão do espanhol na grade curricular, dá esse passo tentando que ele seja o mais curto possível. Só o inclui no primeiro ano, e, valendo-se do caráter facultativo da matrícula para o aluno, anuncia que realizará um "levantamento" por meio das diretorias de ensino para verificar qual é o interesse existente nos alunos em relação com a língua e, em função disso, quantas turmas procurará abrir.

Considerando os antecedentes mencionados, temos motivos para temer que o levantamento seja feito de modo que dê um resultado negativo. A APEESP propõe que o levantamento seja precedido por uma intensa divulgação, nas escolas e para os pais, das muitas vantagens práticas e concretas que aprender espanhol tem hoje para um jovem brasileiro, tanto em relação à sua inserção no mercado de trabalho quanto ao ganho de capital cultural. Pensamos que os setores interessados da comunidade devem ser convocados a participar do planejamento desse levantamento e da forte campanha informativa que deveria precedê-lo.

Diretoria da APEESP
Gustavo Leme Cezário Garcia - Presidente
Adrián Fanjul - Vice-presidente

 
< Anterior   Seguinte >