Renato Borghetti e Martin Mirol se apresentam no Conexão Latina do Memorial |
Escrito por Divulgação | |
27-Out-2011 | |
O brasileiro Borghettinho e o argentino Martin Mirol dialogam por meio do imortal acordeom, no Conexão Latina desta sexta
O bandoneonista argentino Martin Mirol (foto) se "conecta" à gaita-ponto gaúcha/universal de Renato Borghetti, na Fundação Memorial da América Latina, neste mês. O show faz parte da série Conexão Latina, que visa estimular o diálogo musical entre diferentes vertentes da música latino-americana. Para quem gosta de ritmos diversificados e vibrantes, como milonga, tango, xotis, polca, rancheira, samba, ciranda, vanerão e chamamé, é imperdível. Radicado em São Paulo, Martin é o propulsor do movimento "El Arrastre" de tango instrumental "brasileño". Já as composições de Borghettinho mesclam ritmos do sul, nordestinos e outros, sempre com uma esperteza jazzística. O espetáculo acontece nesta sexta, 28 de outubro, às 21h, no Auditório Simón Bolívar, com ingressos subsidiados. O argentino Martín Mirol , acompanhado por Juan Pablo Ferrero (violonista), Rafael Zacchi (clarineta) e Paulo Brucoli (contrabaixo e piano), abre a noite com o tango "La ultima curda", de Aníbal Troilo. Neste número, Martin faz um solo de bandoneon. Na sequência, apresenta "Alfonsina y el mar", de Ariel Ramirez, e "Romance de Barrio", de Aníbal Troilio. Depois, apresenta "Jasmines San Juaninhos", de Agostín Cornejo, e "Nocturno a mi Barrio", de Aníbal Troilo, entre outras. Junto com Renato Borghetti, interpretará a milonga "Nocturna", de J.Plaza, e "Libertango", tango de Astor Piazolla.Borghetti prossegue o show e mostra porque conquistou o mundo com seu estilo instrumental, que costuma entrar nos arquivos de etnomusic, world music e jazz fusion, mesmo tendo na essência ritmos como vanerão, chote, milonga. Para o Conexão Latina, selecionou um repertório de sua autoria como "Mal dormido", "Gritedo", "Telmo de Lima Freitas", "Armando", "Emily", "Ninando", "Pedro no Sapato" e "Esbarrando". Martin Mirol:Raízes Modernizantes Martin Mirol nasceu em 1975, em Buenos Aires. Menino ainda (8 anos), começou estudar música (bombo criollo e violão) na Associação Folclórica "Martín Fierro". Aos 15 anos, já no Brasil, continuou seus estudos de violão no Centro Livre de Aprendizagem Musical (CLAM). Ao mesmo tempo, iniciou-se no bandoneón com César Cantero. Era uma forma de não perder a ligação com suas raízes. Estudou com Rodolfo Daluisio e Joaquim Amenábar e integrou diferentes grupos de tango. Decidido a completar sua formação clássica, Mirol cursou Composição e Regência na Faculdade de Artes Alcântara Machado (FAAM). Foi nessa instituição que formou a orquestra típica de tango De Puro Guapos. Com ela, Mirol participou de concertos com a Orquestra Jovem Tom Jobim e a Orquestra Experimental de Repertório, além de participação em discos de vários autores, desde a Oficina de Cordas de Campinas até o último CD de Caubi Peixoto. No Memorial, executa alguns clássicos do gênero, como "Romance de Barrio" e "Nocturno a mi Barrio", de Aníbal Troilo, "Alfonsina y el Mar", de Ariel Ramirez e Felix Luna, e "Jasmines San Juaninos", de Agostin Cornejo. Martín Mirol toca acompanhado de Juan Pablo, na guitarra, e, como convidado, o clarinetista Rafael Zacchi. Borghetti: Do Rio Grande para o mundo Renato Borghetti sempre rompeu fronteiras para levar sua irreverente música para o cenário mundial. E o Conexão Latina vem ao encontro dos seus objetivos, pois tem como foco a troca de informações e experiências, fortalecendo a integração cultural entre os países latino-mericanos, mostrando a cultura musical latino-americana popular, instrumental, erudita e, até, os movimentos de dança. "Muito antes de se falar em Mercosul, O Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai já praticavam espontaneamente este intercâmbio por meio da arte, costumes e tradições", explica Borghetti.
Poucos sabem que Borghetti é hoje um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional. O inicio desta trajetória promissora foi em 1990, quando estreou seus shows no S.O.B.´s, em Nova York. Aí não parou mais e viajou o mundo com sua arte, passando por Viena, Innsbruck, Linz, Paris, Toulon, Berlin, Munique, Bremen, Budapeste, Lisboa, Praga, Florença, Padova, Lubliana, entre outras cidades. Na Áustria, por exemplo, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado. "Lá tenho até um fã clube, as pessoas vão a tudo que é show, saem de Viena para assistir em cidades do interior e vice-versa, sempre lotando os lugares", conta. No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas; mas também teatros, clubes de jazz, casas noturnas e centros culturais. "A sonoridade do acordeom é familiar para o público europeu, e como partimos de nossas raízes para uma música mais elaborada, uma coisa mais jazzística, a aceitação é total. São normalmente shows longos, não saímos sem fazer três a quatro bis, temos que voltar para o palco sem os instrumentos, se não nos pedem para tocar mais", explica com simplicidade o nosso Borghettinho.
Renato Borghetti também começou na música cedo (aos 10 anos) e igualmente ligado a uma associação tradicional, o Centro de Tradições Gaúchas, comandado por seu pai. O orgulho desse pai não deve ter tamanho, pois bastou ele dar uma gaita-ponto ao filho, para ele ganhar o mundo. A gaita-ponto é similar ao acordeom, mas tem botão no lugar de teclas. É um instrumento tradicional de difícil execução e são raros os que o fazem bem. Borghettinho chamou seu disco de lançamento justamente "Gaita-ponto", como que para apresentar o instrumento folclórico da sua terra, isso em 1984. Ele vendeu mais de 100 mil exemplares. Antes dele, nenhum instrumental tinha ganhado o disco de ouro.
Serviço: Fonte: Assessoria de Imprensa do Memorial da América Latina. |
|
Atualizado em ( 27-Out-2011 ) |
< Anterior | Seguinte > |
---|
Início |
Nossa Onda |
Música Latina |
Colunistas |
ETC |
Comes & bebes |
Sons & Shows |
Telas & Palcos |
Letras e livros |
Última página |
Contato |