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Onda Latina

quinta
18.Abr 2024
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Casar ou não casar, eis a questão PDF Imprimir E-mail
Escrito por Jamil Alves   
16-Set-2015
casamento_-_franklin_valverde.jpgDifícil falar do tema do casamento sem esbarrar em certezas vãs ou frases piegas: "namoro é passageiro, casamento é para sempre"; "quem casa, quer casa"; "casamento e mortalha, no céu se talham"; "toda panela tem sua tampa".

Se a incrível Rita Lee estiver certa e amor for mesmo um livro ao passo que sexo é esporte, o que será, então, o casamento? Um filme? Uma novela? Um noticiário policial? Resposta, outro chavão: cada caso é um caso.

O assunto casamento desperta ódios e paixões porque é controverso. Assim como os antigos discos de vinil, tem dois lados, o A e o B, algumas faixas maravilhosas e outras nem tanto. O casamento parece, ainda hoje, um porto seguro para todos nós que estamos vivendo tempos de incerteza e de mares revoltos. Quem tem seu cobertor de orelha que cuide bem dele!

Ora, mas acreditar que estar com alguém traz paz, segurança e estabilidade é ter uma postura inocente, para dizer o mínimo. Se um endereço não é para sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela e uma amizade é uma fortaleza até encontrar uma decepção capaz de destruí-la, como o casamento, que depende do outro e da relação dele conosco, pode ser estável, balizar qualquer coisa neste mundão velho sem porteira?

Tudo é provisório, e nós também. Um dia, no espelho, somos lindos; no outro, dragões horrendos. Se nem nós somos estáveis, com nossas bílis e nossos humores, como acreditar que outra pessoa, com toda a sua história e idiossincrasias, é capaz de nos trazer a estabilidade de que precisamos para nos sentirmos firmes diante da vida?

Sempre que vemos alguém que se adaptou com aparente facilidade à vida de casado, pensamos por que esse alguém não se sente esmagado pela responsabilidade de ter de cuidar do outro, de si, de coabitar. É paradoxal as pessoas buscarem tanto o casamento mas verem em quem se adapta bem a ele um ato de acomodação, passividade, falta de reflexão.  

O assunto casamento seduz por dois motivos simples: porque casamento é sensacional e porque casamento é horrível. Pode ser sublime ou infernal, engraçado ou triste. O casamento vai ser bom se nos sentirmos amados, se acharmos incrível fazer sexo sempre com a mesma pessoa (em tese), se adorarmos a parceria que acontece naturalmente quando um entra na fila para os ingressos do cinema enquanto o outro vai adiantar a compra da pipoca.

Mas, por outro lado, há aqueles que vão achar que transar sempre com a mesma pessoa (em tese) é um tédio, que vão querer mandar às favas a cunhada hipocondríaca e o sogrão encostado, que vão jogar na conta do casamento as suas frustrações e a sua falta de coragem de jogar tudo para o alto para ir estudar artes cênicas em Londres ou New York. 

O casamento foi sendo atrelado à ideia de felicidade a partir da segunda metade do séc. XX. Antes, todo casamento dava certo dentro de um molde errado, mas ninguém se separava. Se hoje o molde está certo, por que o número de divórcios aumenta sem parar? Talvez porque agora esteja começando a se casar uma geração que cresceu iludida, induzida a crer que se pode ser feliz o tempo todo. Não, meus caros, não se pode, que dó.

Já que os tempos não estão para hipocrisia, já que é fácil hoje em dia buscar a felicidade genuína e não apenas um "casar para não ficar solteiro", é preciso viver o casamento a cada dia, fazer menos planos e cultivar menos recordações, pois o único tempo que existe é hoje. É preciso construir nossa relação com o outro a cada momento, que é único e amanhã pode mudar completamente.

Para quem não tem medo da solidão, a boa notícia é que as pizzarias já entregam pizza brotinho, quem diria. Para quem quer se casar e continuar casado, é imprescindível avaliar o que é melhor na vida a dois: ser feliz ou ter razão.

 

Atualizado em ( 16-Set-2015 )
 
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