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Onda Latina

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Escrito por Jamil Alves   
20-Dez-2017

gata_-_jamil_alves.jpg20 de dezembro de 2017: fim de ano me assusta um pouco (na verdade, bastante). Eu sou daqueles que, há muito tempo, desistiram das tais listinhas de desejos ou metas para o próximo ano. Portanto, puxar um bloquinho simpático ou um pedaço de guardanapo e rabiscar neles todos os planos e anseios para o ano que está por vir, nem pensar.

  Mesmo sem listinha de desejos e planos – para conferir a do ano que está chegando ao fim, no caso –, é inevitável não fazer um balanço, não olhar para os últimos onze meses e pouco e tentar extrair deles alguma lição, fazer algum mea culpa por algo que não aconteceu ou não saiu como o desejado, celebrar uma conquista, sei lá. Quase todo ano é a mesma ladainha autopunitiva: deveria ter feito mais exercícios, deveria ter escrito mais, ido mais ao teatro, visto menos televisão, comido mais frutas, ter tido mais calma e mais paciência comigo mesmo e com os outros.

A única certeza que tenho e que levo de 2017 para 2018 é a de que vou usar a internet e as redes sociais com mais moderação e menos frequência. Comentários de política? Nem pensar! Quem me conhece um pouco mais sabe dos meus posicionamentos, e quem me conhece só da internet tem pouca ou nenhuma importância para mim nesse quesito.

Estou cansado de gente binária, que só vê preto ou branco sem entremear os diversos tons de cinza. A política brasileira é um lamaçal, e a distinção entre direita e esquerda não faz o menor sentido quando a base de tudo é a corrupção.

Se ainda houver alguma diferença entre a direita e a esquerda na política deste país, certamente é o modus operandi, sem dúvida: é a maneira como as quadrilhas, ops, os partidos se organizam para saquear o erário da nação. Quem tiver seu bandido de estimação que o defenda, mas que não conte comigo para nada.

No entanto, não foi só a política que me fez tomar essa decisão de usar menos as redes sociais no ano que vem. 2017 me deixa a mensagem de que as pessoas estão chatas, mas chatas, chatas mesmo. E nem gatinhos fofinhos estão a salvo da chatice.

Semana passada, Shakira, a gata amarela da minha irmã, teve oito filhotes. Do dia para a noite, quase uma dezena de criaturinhas branquelas ou rajadinhas saíram do seu ventre e, superando as previsões mais otimistas, todas continuam vivas, saudáveis, deliciosamente fofas e ganhando peso.

Eu pensei que postar fotos dos gatinhos seria algo bacana, porém tudo na internet vira uma discussão chata, interminável e absolutamente inócua. Acreditei que a fofura felina fosse praticamente uma unanimidade, mas os comentários na minha timeline me mostraram que eu estava enganado.

Já o primeiro comentário abaixo da foto, cuja postagem tinha como objetivo principal conseguir lares para quando as fofurinhas peludas deixarem de mamar, foi: “no Brasil, há mais de 20 milhões de animais domésticos abandonados”. Outro me deixou a hashtag #QuemAmaCastra.

Isso só serve para provar que a internet, e as redes sociais em especial, deu megafones a um bando de gente doida. É claro que há muitos gatos e cachorros abandonados por aí, mas nunca vou conseguir compreender alguém que vê a foto de gatinhos sendo amamentados por sua mamãezinha amarela e gorducha e pensa: “eu preferia que eles não existissem”.

Um mundo em que uma gatinha já não pode mais ter filhotes em paz e que nem os filhotinhos podem ser comemorados me faz engrossar o coro dos que afirmam que o mundo está chato mesmo. Portanto, ainda que sem listinha de desejos e planos, a meta para 2018 é me proteger da loucura. Da alheia e da minha própria.

Boas férias, até o ano que vem.

Atualizado em ( 20-Dez-2017 )
 
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