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Onda Latina

sexta
29.Mar 2024
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Crianças, currículos e pizzas PDF Imprimir E-mail
Escrito por Jamil Alves   
10-Mai-2019

menino_-_jamil_alves.jpgNo texto de hoje, falarei a respeito de uma conversa entre crianças, um inspirador bate-papo entre dois meninos que viralizou nas redes sociais.

Segundo pesquisei, o texto original é de Ane Tchavo, postado em seu perfil no Facebook em 15 de janeiro deste ano, intitulado "Crianças", no qual ela conta que estava fazendo um trabalho de fotógrafa em um buffet de festas infantis e que teria escutado a seguinte conversa entre dois meninos de seis anos.

– Mas você conhece o aniversariante de onde?  

 

– Não conheço, minha mãe trabalha aqui, ela que me traz em todas as festas.  

 

– Nossa, que legal! Mas seu pai deixa você vir em festa todo dia?  

 

– Meu pai trabalha de entregar as pizzas na pizzaria de noite, aí ele não pode ficar comigo também.  

 

– Você gosta mais do trabalho da sua mãe ou do seu pai?  

 

– Ah, não sei, porque meu pai ganha pizza de graça e eu como pizza todo dia, é muito legal.  

 

– Nossaaaa, eu queria comer pizza todo dia! Meu pai é médico de pessoa e minha mãe é médico de dente, sabe? Muuuito chato!  

 

– Chato mesmo! Mas você pode ir na minha casa comer pizza se você quiser!  

 

– Eu quero!  

 

– Se você levar um currículo do seu pai, eu peço pro meu pai entregar pro chefe dele e seu pai pode entregar pizza também, meu pai fez isso pro meu tio.  

 

– O que é um currículo?  

 

– É um papel de pedir emprego.  

 

– Ah, vou falar pra ele! 

 

Divertido e singelo, esse texto mostra o que todo adulto sabe (mas acaba esquecendo ao longo da vida): ninguém nasce preconceituoso, arrogante ou elitista. O mau exemplo dos adultos é que estraga as crianças.  

 

Sim, é isso mesmo. Nós adultos é que estamos estragando nossas crianças com tanto blablablá e tanto currículo: aula de computação, inglês, futebol, basquete, kumon, natação, reforço, violão… a sobrecarga de atividades das nossas crianças está lhes roubando a infância.  

 

Tanta criança novinha e já estressada. Isso não é saudável, estresse causa um prejuízo enorme ao seu desenvolvimento. Nossos meninos já não têm mais tempo livre para brincar, relaxar, ver desenhos animados. No mundo competitivo em que vivemos, é compreensível que os pais queiram que os filhos aproveitem toda oportunidade possível para enriquecer “seu currículo”. Mas, com isso, esquecem que os filhos são apenas crianças e que ainda não precisam viver a vida agitada que quase inevitavelmente os espera na fase adulta. Infância é beijo, é abraço, é paçoca, sorvete... é passeio no parque, beijinho na bochecha.  

 

Quando pensamos a infância de nossos filhos como currículo, não estamos formando adultos mais preparados para a vida, não. Estamos formando adultos muito exigentes consigo mesmos, no mau sentido da expressão, altamente competitivos e, pior, bem infelizes. Ou até materialistas e esnobes, talvez, ainda que sem querer. Prova disso é o papo recorrente em porta de escola. Sempre há um pai ou uma mãe dizendo que pretende procurar uma escola maior, um colégio mais puxado, mais forte, seja lá o que isso queira dizer.  

 

Colégio forte é aquele que acolhe nosso filho, que o conhece pelo nome, que sabe como é sua família, que consegue lidar com os talentos e com os pontos fracos de cada aluno.  No campo da educação, não se mede qualidade pelo tamanho da escola. Muitas vezes, o colégio maior, aquele que tem nome, é só o lugar onde nosso filho vai representar apenas mais um valor numérico. Eu não quero que meu filho represente apenas um número, eu quero que ele seja gente!   

 

O texto dos dois menininhos na festa deve nos lembrar que “para se dar bem na vida” não é preciso ter um currículo invejável, aquele “papel de pedir emprego” de encher os olhos. Nós necessitamos mesmo é de qualidade de vida (o que não significa, necessariamente, alto poderio financeiro), equilíbrio emocional, saúde mental e física. E isso tudo só vem sem sobrecargas, com respeito aos limites de cada um.  

 

Não podemos esquecer que nossos filhos precisam é de tempo para brincar, para estar com os amigos, para se relacionar com a família. Criança deve ter tempo ocioso, sem nada, absolutamente nada para fazer mesmo, para que possa estar consigo mesma. É nessas horas “de ócio” que nossos pequeninos vão criar, dar nome ao motorista do carrinho, à mãe da bonequinha, ao cachorrinho da princesa. Vão balbuciar mil onomatopeias, cantarolar musiquinhas, dizer frases desconexas sobre cocô e xixi e cair na risada até doer a barriguinha!  

 

Nossos filhos precisam aprender a estar consigo mesmos sem precisar ter seu tempo obsessivamente ocupado. E a conversa dos dois garotinhos nos ensina isso muito bem: não são nosso status social, nossa condição financeira nem o tempo “de currículo” de nossos filhos que vão fazer deles pessoas mais bacanas, seres humanos mais completos, mais felizes.  

 

 

Atualizado em ( 10-Mai-2019 )
 
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