Um caso sibilino e sensual |
Escrito por Umba Hum
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17-Jan-2019 |
Ela tem um quê de Mortícia Adams. Não é possível dizer se ela gosta dessa personagem ou da comparação. É apenas uma primeira aproximação para anunciar que ela é uma espécie de vamp. Mortícia Adams nada mais é que um modelo retirado das vamps do expressionismo alemão. É só ver Theda Bara, a primeira vamp do cinema, em Cleopatra, ou Lil Dagover no Gabinete do Dr. Calligari, ou Brigitte Heln, em Metrópolis, ou ainda – por que não é uma musa do expressionismo – Greta Garbo como Mata Hari. Essas mulheres nesses filmes são antes de tudo misteriosas e sedutoras; algo completamente diverso da beleza oxigenada e esfuziante das atrizes de Hollywood. A beleza delas está em esconder uma parte de si e dominar a imaginação masculina.
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Atualizado em ( 17-Jan-2019 )
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2018, o obituário e o navio |
Escrito por Jamil Alves
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19-Dez-2018 |
2018 foi um ano diferente, atípico. Para mim, representou primeiramente um grande obituário, que começou ainda nos últimos dias do ano anterior, com a partida de um amigo querido, João do Carmo. Criatura doce, brincalhona. Um homem engraçado, divertido, leve. Apesar dos mais de 60 anos de idade, olhava para a vida com olhos de criança travessa.
Em março, a vida me deu um golpe duplo. Nos primeiros dias, a Nenê, minha doce Nenê, faleceu do nada. Estava linda, ótima de saúde no alto de seus quase 15 anos. Mas hoje, embora ainda muito triste, tenho como consolo o fato de ela não ter sofrido como tantos outros cãezinhos idosos que conheço, que são submetidos a dolorosos tratamentos de saúde. Nenê me deixou um buraco no peito para sempre, mas partiu sem ter sofrido.
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Atualizado em ( 20-Dez-2018 )
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Escrito por Umba Hum
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12-Dez-2018 |
Está deitado na poltrona. Na frente dele, a TV ligada. Na TV, um filme no Canal Futura: Cine Conhecimento. É já uma da madrugada; o filme começou à meia-noite e meia. Ele tenta inicialmente descobrir em que idioma os personagens falam. No Cine Conhecimento são exibidos, com apresentação inicial do tema, diretor, detalhes de filmagens feitos por Renata Guida, filmes do sudeste asiático, iranianos, argentinos, holandeses, franceses, tchecos, poloneses, russos, georgianos, dinamarqueses, austríacos, peruanos, espanhóis... Para ele, um bom exercício era identificar a geografia, o espaço cultural... Isso não lhe oferecia dificuldades... Num filme europeu ou mesmo iraniano ou do sudeste asiático não era preciso mais que um plano para a identificação: as roupas, detalhes de construções, comportamentos, paisagem lhe permitiam reconhecer Taiwan e não confundi-la com imagens de Kyushu, ou da Mandchuria... As imagens que vê são de um filme europeu. A língua, não lhe veio de imediato a certeza: um filme tcheco? Polonês? Russo? Não sabe alemão, mas reconhece a dicção depois de poucas falas. Sabe que o filme não é alemão. Mas não tem a mesma facilidade para identificar o som das palavras russas, tchecas, polonesas, húngaras...; as imagens são urbanas...
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Atualizado em ( 12-Dez-2018 )
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