Há dez anos falecia Philadelpho Menezes, poeta que trafegou pelo experimentalismo, tanto visual como sonoro, além de ser autor de uma respeitada obra crítica. Vítima de um acidente automobilístico, em julho de 2000, sua vida foi abreviada aos 40 anos, impedindo que ele continuasse a desenvolver a sua arte poética e seu labor acadêmico. Na época era professor da pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade São Marcos. Também foi autor dos livros Poética e Visualidade, A Crise do Passado, Poesia Sonora: poéticas experimentais da voz no século XX e Roteiro de leitura: poesia concreta e visual, e dos CDs Poesia Sonora - do Fonetismo às Poéticas Contemporâneas da Voz e Interpoesia: Poesia hipermídia interativa, este com Wilton Azevedo, entre outras obras. Dono de um espírito inovador e criativo, Menezes foi o responsável pela realização de importantes exposições poéticas nas últimas décadas do século passado como a Poesia Intersignos (1985), a I Mostra Internacional de Poesia Visual de São Paulo (1988) e o I Ciclo Internacional de Poesia Sonora (2000), todas realizadas no Centro Cultural São Paulo.