Vários alunos e várias alunas têm me perguntado em quem  votar, dizem que estão em dúvida e pedem que eu os ajude nessa decisão. Em sala de aula não faço proselitismo partidário, por isso não tenho respondido essa questão. Primeiro porque não acho que seja o espaço adequado; segundo porque também não me vejo, no momento, contemplado partidariamente, mas aqui isso é possível e tratarei de contribuir para o debate de ideias.

Assim sendo, neste momento em que estamos vivendo, não se trata de partido “A” ou partido “B”, nem se uma administração foi mais corrupta do que a outra, até porque nesse campeonato possivelmente todas terminariam empatadas, isso desde os tempos de Cabral (o Pedro).

O que se trata agora é qual Brasil nós queremos para o futuro, ou seja, um Brasil para muitos, como se está tentando construir na última década, em que pese os percalços e a lentidão, ou um Brasil para poucos, sempre privilegiando seletos grupos nacionais e, até mesmo, grupos alheios a nossa realidade.

Essa sim é para mim a grande diferença, a que deve pautar a nossa decisão no próximo dia 26 de outubro: qual é o Brasil que queremos? Eu fico ao lado dos que querem um Brasil para muitos, aquele Brasil em que você, eu e todos nós teremos um espaço para ser, para consolidar o que já foi conquistado e também para conquistar novos espaços, pois ainda temos muito por fazer. Não devemos deixar que o Brasil retroceda, que apesar do pseudo-discurso da mudança o que querem é a volta de um tempo para poucos, um Brasil excludente.

Repito que partidariamente, no momento, não me vejo contemplado, por isso não tecerei loas desmedidas a atual administração, como muitos estão fazendo, mas há que se reconhecer que ela é muito, mas muito mais avançada do que aquilo que quer retornar. Portanto, querendo construir um Brasil para muitos, no próximo dia 26 de outubro, votarei em Dilma, pensando simplesmente no que é melhor para o meu País.

Franklin Valverde é jornalista, professor universitário e editor da Onda Latina.