abelha_-_franklin_valverde.jpgEstou deitado na rede, em férias, na praia. Lendo Sadoul. Uma abelha sobrevoa próxima à minha testa. Fico incomodado. A abelha desaparece e logo retorna. Num movimento rápido e calculado, pego-a com a mão esquerda. Espremo a mão por alguns segundos.

Abro-a e sinto o ferro na palma da mão. Solto a abelha e, com o polegar e o indicador da mão direita em forma de pinça, retiro o ferro. Com dor intensa, a mão adormecida, pego do chão a abelha morta, levo-a à boca e, num movimento rápido e calculado, engulo-a. Continuo, agora, sem perturbação, com Sadoul.

 

Ilustração: Abelha – Franklin Valverde